sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Conferência Islâmica pede ação mundial contra incitação ao ódio

A Organização da Conferência Islâmica (OCI) pediu nesta quinta-feira uma ação mundial contra a incitação ao ódio, depois da difusão do filme anti-Islã e das charges de Maomé.
Em um comunicado, o secretário-geral da OCI, Ekmeleddin Ihsanoglu, pede aos dirigentes políticos e religiosos que "formem uma frente comum contra os fanáticos e os extremistas envolvidos na desestabilização da paz e a segurança mundiais, atiçando a incitação ao ódio religioso".
Para ele, a publicação das controversas charges de Maomé na revista francesa Charlie Hebdo pode "exacerbar a crise e a violência" provocadas pelo filme islamofobico A inocência dos muçulmanos.

Filme anti-islamismo desencadeia protestos contra EUA
Na última terça-feira, 11 de setembro, protestos irromperam em frente às embaixadas americanas do
Cairo, no Egito, e de Benghazi, na Líbia, motivados por um vídeo que zombava do islamismo e de Maomé, o profeta muçulmano. No primeiro caso, os manifestantes destroçaram a bandeira estadunidense; no segundo, os ataques chegaram ao interior da embaixada, durante os quais morreram, entre outros, o embaixador e representante de Washington, Cristopher Stevens.
Desde então, protestos e confrontos, que vêm sendo registrados diariamente no Cairo, disseminaram-se contra embaixadas americanas em diversos países da África e do Oriente Médio. Nesta sexta, 14 de setembro, já haviam sido registrados eventos em Túnis (Tunísia), Cartum (Sudão), Jerusalém (Israel) , Amã (Jordânia) e Sanaa (Iêmen). Há fotos e relatos de protestos também na Índia e em Bangladesh. Somados, estes episódios já deixam algumas dezenas de mortos e feridos entre manifestantes, diplomatas e forças de segurança.
O vídeo que desencadeou esta onda de protestos no mesmo dia em que os Estados Unidos relembravam os atentados terroristas de 2001 traz trechos de Innocence of Muslims (A Inocência dos muçulmanos, em tradução livre), filme produzido nos Estados Unidos sob a suposta direção de Nakoula Basseky Nakoula. Ele seria um cristão copta egípcio residente nos Estados Unidos, mas sua verdadeira identidade e localização ainda são investigadas. O filme, de qualidades intelectual e cultural amplamente questionáveis, zomba abertamente do Islã e denigre de a imagem de Maomé, principal nome da tradição muçulmana.
A Casa Branca lamentou o conteúdo do material, afirmou não ter nenhuma relação com suas premissas e ordenou o reforço das embaixadas americanas.

Fonte: MIAF

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